quinta-feira, 4 de junho de 2009

Barulho de fundo!

As vozes andam por aí, falam, murmuram, escondem-se das pessoas que deveriam encarar, preferindo manter-se nas costas das mesmas. São vozes não passando disso, não têm um rosto, não se vêem a serem pronunciadas por uma boca! São como sombras, fantasmas que vagueiam no vazio. Meros ecos num vale profundo.
Por vezes essas mesmas vozes juntam-se, formam conjuntos, ambas falando do mesmo, parecendo quererem ser uma só voz, uma só voz de maldade, uma só voz de escárnio e maldizer.
Pior será saber quem mesmo produziu essa vozes, quem as motivou, pobres coitadas, não passam de simples ecos que se desvanecem.
Vozes que comprometem, que destroem, vozes que levam consigo a tristeza e a espalham por onde ecoam, que partem laços fortes de confiança destruindo assim amizades e qualquer laços de união.
Vozes que fazem-me pensar que na verdade ninguém é digno de confiança plena, se antes tinha sérias dúvidas em confiar em alguém, agora muitas mais eu tenho. É triste, triste porque penso que as pessoas são capazes de serem melhores, há sempre a esperança que o mundo seja melhor. Engane-se quem ainda tem essa esperança; rara é a pessoa em quem se possa confiar, elas existem, eu sei, conheço uma, duas, não mais que isso!
Como é mau, como é triste!
A ética de uma amizade não deveria ser imposta, deveria ser natural, um dado adquirido a cada individuo, onde fosse respeitada a confiança, o respeito pela própria pessoa, já não falando numa amizade, bastava o respeito pelo próximo!
Tantas situações que se evitavam, tantos problemas que acabariam por não surgir e tantos pensamentos que não nos ocupavam a mente.
Seria tão simples, tão fácil, tão feliz. Seria melhor.
Vozes, mostrem as vossas caras, mostrem o vosso rosto de onde vocês emanam, abandonem a cobardia, encarem o touro pelos cornos...ou simplesmente...DESVANEÇAM-SE!